Num festival dedicado à cultura contemporâneaplataforma nova de jogo fortune tiger， Tiradentes reservou este ano um espaço privilegiado à， digamos， velha guarda. Já mostraram seus trabalhos e falas Antonio Pitanga， depois Julio Bressane， e agora Luna Alkalay， a mais surpreendente e menos conhecida desse grupo.
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Num momento em que o cinema feminino busca se afirmar em igualdade com o dos homens， Alkalay emerge de um tempo em que se botava menos fé em mulheres que dirigiam filmes do que nas que dirigiam automóveis. Em vários casos se busca a reparação. O seu é um pouco diferente.
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Cena do filme 039;Trópico de Leão039;， de Luna Alkalay， exibido na 28ª Mostra de Cinema de Tiradentes， em Minas Gerais
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Divulgação
A autora do recém-restaurado "Cristais de Sangue"， de 1975， retorna 50 anos depois com "Trópico de Leão"， exibido na quarta-feira. Se o primeiro filme existiu， segundo ela， como resistência à ditadura， o "Trópico" vai em outra direção， ao narrar a história de uma mulher com mais de 70 anos， recém-saída de um relacionamento desigual com um homem quase 40 anos mais jovem.
Luna Alkalay， que foi aluna de filosofia na Faculdade de Filosofia， Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo， nos anos 1960 e 1970， convoca aqui figuras mitológicas para compor seu repertório —Caronte， Eco， Penélope， Medeia， cada um traz um significado preciso e funciona como parceiro na busca para se livrar de Narciso， o tal jovem com quem teve um romance.
Akalay fala de si mesmo como "velha"， que prefere a idosa. E isso levou "Trópico de Leão" a ser vivamente aceito pelas mulheres —o filme introduz o viés da vida afetiva e sexual das mulheres de mais idade com toda a veemência a que tem direitoplataforma nova de jogo fortune tiger， na medida em que trata de uma relação abusiva， em que o homem se aproveita da fragilidade da mulher "velha".