Ao ver sua casa destruída pela enchente no ano passado, Greicy Kelli Almeidatabela fortune tiger, 29, não podia acreditar. Ela tinha se mudado de Salvador para Porto Alegre três anos antes da cheia e, rapidamente, tudo o que a família tinha conquistado foi arrasado pela água. "Não sei nem explicar, era uma sensação de impotência", conta.
A parede de um dos quartos da casa rachou, com risco de desabar. "Ficamos em um abrigo, por mais de duas semanas, e tivemos de alugar um imóvel por não ter condições de voltar para o nosso. Quando voltamos, o encanamento explodiu, parecia um cenário de guerra."
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Almeida foi uma das 443 mulheres que já participaram do Regenera RS, um projeto de capacitação em cursos de hidráulica, elétrica e pintura predial promovido pelo Instituto Mulheres em Construção, estruturado após a enchente de maio do ano passado no estado. Como algumas delas fizeram mais de um curso, ao todo foram 548 capacitações. Fundadora e presidente da ONG, Bia Kern conta que os treinamentos de capacitação começaram ainda em 2006, com o objetivo de aumentar a presença feminina no setor. Com a tragédia climática, o projeto foi reeditado para suprir o aumento da demanda das mulheres no Rio Grande do Sul que tiveram suas casas destruídas ou avariadas.
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"Não tínhamos como garantir emprego na área, e a maioria delas queria mesmo aprender os ofícios para reformar a própria casa. Depois, com o tempo, começaram a fazer mutirões entre elas e algumas montaram grupos de trabalho em que podiam cobrar pelos serviços prestados."
Segundo Kern, ao longo do projeto, foi lançado um pedido de apoio à comunidade, rapidamente instrutoras e ex-alunas das turmas anteriores se organizaram e ajudaram a colocar os novos cursos de pé.
fortune tiger onlineMoradora de Canoas (na região metropolitana da capital gaúcha), Leocatia Gehlen, 50, lembra da sensação de perder tudo que tinha em casa. "A gente ia para o abrigo, mas um amigo da família nos deixou em um apartamento dele e ficamos 18 pessoas abrigadas por 24 dias em um imóvel de um quarto. Só rezamos para chegar aqui e a casa estar de pé. Muitas caíram, mas a nossa não desmoronou."
jogos tigretigre fortuneTambém dona de casa, ela fez um curso de preparo de paredes e pintura em agosto passado, e o indicou para vizinhas da rua. "Meu marido é eletricista e fui passando para ele o que aprendi lá, fomos reformando juntos e ainda falta um quarto para terminarmos. Como aprendia as técnicas, economizamos o dinheiro da mão de obra e com ele, íamos compramos material para os outros cômodos."
Folha MercadoMárcia da Silva Magalhães, 64, precisou ficar longe de casa, em Canoas, por dois meses durante a enchente. Mas sente que teve sorte por conseguir salvar os eletrodomésticos de maior valor —o fogão, a geladeira e a máquina de lavar só precisaram de pequenos reparos.
Só que a água e os fortes produtos usados para limpeza da casa depois da cheia danificaram a pintura, as portas e as janelas. A cuidadora de idosos se emociona ao relembrar da destruição na casa, do guarda-roupa perdido, e agora junta recursos para comprar material e colocar em prática o que aprendeu no curso. "Na minha cozinha, sempre tive problema com umidade: a gente passava tinta e logo descascava. Não sabia como preparar a parede, agora aprendi. Aprendi a lixar janelas e portas, o tipo específico de material para usar, a passar massa corrida. Eu era a pessoa com mais idade na turma, mas nunca é tarde para aprender, espero que isso inspire outras mulheres a seguirem na construção."
Experimente a emoção do cassino online no BrasilDe acordo com dados divulgados pelo Sinduscon-SP (sindicato da construção civil), a partir da Rais (Relação Anual de informações Sociais), eram cerca de 300 mil mulheres trabalhando na construção civil no ano passado, representando 11% dos empregados formais deste setor no país.
Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos de Construção do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), lembra que, ao longo de 2024, a Sondagem da Construção do Ibre reportou que a principal limitação aos negócios do setor foi a falta de mão de obra qualificada. O quadro persiste em 2025.
"As empresas precisam incorporar as mulheres de forma definitiva, não faz sentido a restrição em um cenário que falta pessoas. Hoje, as mulheres já estão sendo treinadas e qualificadas para trabalhar no setor, mas ainda há uma barreira cultural. A questão da modernização da construção também passa pelo aumento da presença de mulheres."
Kern concorda que a participação das mulheres na construção civil é fundamental para uma entrega melhor de serviços nesta área. "Se por um lado os homens têm a força físicatabela fortune tiger, por outro, as mulheres vêm com capricho, segurança, comprometimento, entendimento e cuidado. Os dois somados são a força de que a sociedade precisa."